segunda-feira, 28 de julho de 2014

Cachorro pode comer osso?

Cachorro pode comer osso? Você já deve ter visto nos pet shops diversos tipos ossos para cachorros, desde aqueles brinquedos de látex que imitam osso, até ossos bovinos naturais, em geral limpos e já esterilizados, ideais para exercitar a mastigação do animal. Mas quando falamos de ossos naturais sempre aparecem dúvidas em relação a segurança de se oferecer ossos aos cães.


Cachorro pode comer osso?
Cachorro pode comer osso?

Para começar, vou comentar um pouco sobre os tipos de ossos disponíveis para cães, e qual o nível de segurança que esses "brinquedos" ou "alimentos" oferecem aos nossos peludos. Há dois tipos distintos de ossos que podem ser oferecidos aos cães, com diferentes indicações: os ossos recreativos e os ossos comestíveis. O primeiro tipo é aquele encontrado em qualquer pet shop, utilizado para fins recreativos. Podem ser ossos naturais, limpos ou não (geralmente ossos bovinos), ou podem ser ainda aqueles ossos de brinquedo, concebidos para proporcionar entretenimento através da mastigação e não podem ser engolidos. Alguns desses brinquedos, no entanto, são feitos de material comestível, que podem ser também engolidos sem que haja riscos ao cachorro. Já os ossos recreativos naturais, são indicados somente para roer e não devem ser mastigados ou engolidos. O segundo tipo é o osso natural comestível, em geral utilizado pelos donos de cães que optam em alimentar seus cães através de uma dieta natural, baseada primariamente em carne crua.


Cachorro pode comer osso?
Cachorro pode comer osso?

Ossos recreativos


Mesmo quando falamos de ossos in natura, como por exemplo um fêmur bovino, ainda com carne, cartilagem e recheado de tutano, não consideramos esses ossos um complemento nutricional para a alimentação de um cachorro. Esse tipo de osso não é indicado para mastigar e engolir, ele serve apenas para roer, pois ajuda na limpeza dos dentes e estimula os cães mentalmente. Quando um cachorro rói ossos como esse, que chamamos de ossos recreativos, e em especial aqueles que ainda contêm carne e demais partes moles, é como uma boa escovada de dentes, pois ajuda a reduzir o tártaro, o mau-hálito e os riscos de gengivite.

Ossos comestíveis


Ao contrário dos ossos recreativos, os ossos comestíveis são aqueles que, na natureza, os cães e outros canídeos, como por exemplo o lobo, costumam mastigar e engolir. Esses ossos fazem parte da alimentação regular dos cães selvagens, acostumados a caçar para obter seu alimento, e também da alimentação dos cães domésticos que recebem uma dieta natural a base de carne crua. Esses ossos são, em geral, os ossos ocos de pequenos animais, como por exemplo o frango. Os ossos mais utilizados neste tipo de dieta são as asas e o pescoço de frango, pois são moles, não contém tutano e são facilmente triturados em moedores ou trituradores. Esses ossos fornecem cálcio, fósforo e traços de minerais que são essenciais na alimentação canina, e em especial para os filhotes. No entanto, conforme vamos comentar mais abaixo, esses ossos devem ser oferecidos em função do porte do cachorro, e em alguns casos, partes maiores podem ser mais indicadas.

Cachorro pode comer osso?


Para responder a essa pergunta de forma simples, podemos dizer que sim, cachorro pode comer osso. Todavia, tenha em mente que nem todo cachorro é igual, seja em relação ao tamanho, a raça e até mesmo ao comportamento. Conforme vou explicar mais abaixo, cães muito agitados e afoitos em relação à alimentação podem se engasgar até mesmo com as bolinhas desidratadas das rações comerciais. O mais aconselhável é julgar casa caso individualmente e procurar analisar com cautela se o seu cachorro está preparado para experimentar esse tipo de alimento. Os problemas ocorrem com muito mais frequência quando um cão recebe um osso pela primeira vez, portanto considere as questões abaixo e saiba quais são os riscos e os benefícios dos ossos na alimentação canina.


Cachorro pode comer osso?
Cachorro pode comer osso?

Como oferecer ossos recreativos aos cães de maneira segura?


Os ossos crus podem ser seguros e benéficos para a saúde dos cães, desde que haja cautela ao oferecer esse tipo de osso pela primeira vez (veja as dicas mais abaixo). Por outro lado, há riscos muito sérios se tentarmos oferecer ossos cozidos aos cães, independentemente da raça ou porte do animal. O cozimento torna os ossos muito mais frágeis, aumentando a chance de quebrarem em lascas e acabarem por causar problemas severos à saúde de seu cão. Os ossos cozidos podem quebrar os dentes dos cães com muito mais facilidade, machucar a boca, a língua e a gengiva, além de haver um grande risco de quebrarem em pedaços ou em lascas, e se ingeridos, esses pedaços podem causar obstruções e até mesmo perfurações em diversas partes do trato digestivo.

  1. Se o seu cachorro vai ganhar um osso para roer pela primeira vez, permaneça ao lado dele para supervisionar a maneira que ele se comporta. Essa é a única forma de saber se ele está roendo o osso de maneira segura ou se ele está sendo muito agressivo, tentando quebrar ou engolir o osso inteiro. Interrompa o processo ao menor sinal de desconforto ou se houver sangue no osso devido a uma mastigação muito bruta.
  2. Nunca deixe que ele roa até o osso ficar de um tamanho pequeno o suficiente para ser engolido. Se isso acontecer, retire o osso e jogue-o fora.
  3. Jamais ofereça ossos naturais cozidos, sejam eles de qualquer tipo ou tamanho, independentemente da raça ou porte do seu cachorro.
  4. Se você tem mais de um cachorro, nunca ofereça ossos no mesmo ambiente. Deixe-os em ambientes fisicamente separados, e só então ofereça os ossos para que eles possam roer com calma.
  5. No caso dos ossos naturais, ainda com carne e demais partes moles, certifique-se de oferecê-los em uma superfície fácil de lavar. Ossos frescos são gordurosos e pegajosos, e até que o seu cão limpe o osso, ele vai fazer alguma sujeira. Evite oferecer este tipo de osso em superfícies como tapetes ou no lugar onde seu cão dorme.
  6. Se você perceber que o seu cachorro está roendo o osso de forma muito violenta, redobre o cuidado e continue observando durante todo o tempo. Se você achar que ele está tentando quebrar em partes para engolir ou até mesmo tentando engolir o osso inteiro, retire o osso imediatamente. Em casos como esse, o mais indicado é não oferecer mais ossos ao seu cachorro.
  7. Cães com predisposição a pancreatite não toleram bem o consumo de alimentos gordurosos, e o tutano contido nos ossos frescos pode não fazer bem. Em casos assim, retire todo o tutano do osso antes de oferecê-lo ao seu cão.
  8. No caso dos ossos frescos que ainda tem carne e demais tecidos moles, certifique-se de que a carne esteja fresca. Sempre tenha em mente que os cães não devem consumir nenhum alimento que não esteja no mesmo padrão de qualidade que os alimentos próprios para consumo humano. Nunca ofereça carne estragada ou vencida ao seu cão.

Como oferecer ossos comestíveis aos cães de maneira segura?


Cães selvagens e outros canídeos, como os lobos, caçam para obter alimento e estão plenamente preparados para se alimentar da carne desses animais, incluindo os miúdos e ossos. Quando pensamos nos riscos de um cachorro engasgar com o alimento, é importante lembrar que esse risco existe também para os cães que se alimentam de ração desidratada. Em geral, os riscos aumentam em se tratando de cães que comem muito rápido e são muito afoitos para terminar a refeição. Isso pode ser facilmente observado em casas que tem mais de um cão. Em casos assim, os cães podem comer rápido demais em função da disputa entre eles, em especial se forem do mesmo sexo. Em situações mais sensíveis como essa, é necessário que se tenha maior cautela ao oferecer alimentação aos cães, seja ela a base de ração comercial ou não.

Para os proprietários que oferecem aos seus cães uma dieta natural a base de carne crua, os ossos são muito importantes para balancear a dieta, portanto vamos a algumas dicas para reduzir os riscos de engasgo.

Procure oferecer pedaços maiores aos cães grandes, e o mais inteiros possível

Um erro que ocorre com frequência ao oferecer ossos comestíveis é o tamanho do osso em relação ao porte do cão. Enquanto um pescoço de frango pode ser apropriado para um cão de pequeno porte, pode desencorajar os cães maiores a mastigar o osso apropriadamente. Para evitar que cães maiores, como por exemplo um Pastor Alemão tente engolir pedaços sem mastigar, procure não oferecer pedaços cortados. Ao oferecer, por exemplo, um frango inteiro ao invés de uma asa, você está estimulando a mastigação, o que evita que o seu cão tente engolir pedaços grandes de uma só vez. Além disso, pedaços cortados podem conter pontas afiadas que podem acabar ferindo o animal. Sempre que possível, dê preferência para os pedaços inteiros.

Prefira pedaços congelados

Os pedaços de carne com ossos que estão congeladas, ou parcialmente congeladas são mais duros e dão mais trabalho para mastigar, o que força o cachorro a comer mais devagar, evitando a afobação e riscos desnecessários de engasgo devido a falta de mastigação.

Ofereça os pedaços com mais carne

Evite oferecer ossos totalmente limpos ou que quase não contenham carne. O excesso de ossos na alimentação baseada em carne crua pode desbalancear a dieta e ainda causar constipação. Partes como a asa de frango ou até mesmo os ossos do peito podem deixar as fezes do cachorro muito duras, causando diversos problemas digestivos. Por exemplo, se você oferece em uma refeição pescoço de frango ou um pedaço de peito, que contém muito osso, complemente com alguns pedaços de carne para equilibrar a porção.

Para saber mais sobre como alimentar o seu cachorro com carne crua, confira o artigo Como iniciar uma dieta a base de carne crua. Se pretende iniciar este tipo de dieta mas ainda tem dúvida, confira o artigo Cães podem comer carne crua?.


Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

Saiba + sobre dieta a base de carne crua

domingo, 27 de julho de 2014

Biscoito de abóbora

Biscoito de abóbora para cães - Esta é uma deliciosa receita de biscoitos de abóbora naturais, que podem ser oferecidos ao seu amigão de quatro patas como um petisco. A principal vantagem dos petiscos naturais, preparados especialmente para o seu peludo é que eles são muito mais saudáveis do que aqueles encontrados no mercado e em lojas especializadas. Veja como é fácil preparar este saboroso tira-gosto que o seu cachorro vai adorar.


Biscoito de abóbora para cães
Biscoito de abóbora para cães

Conforme já comentei aqui no blog, a abóbora é um ingrediente saudável, muito utilizado no preparo de refeições naturais pra cães. Mas a abóbora não é apenas um alimento que pode fazer parte da alimentação regular de um cão que recebe uma dieta natural, feita com ingredientes frescos e preparados especialmente para ele. Esse alimento pode também ser utilizado no preparo de petiscos, que podem ser oferecidos como um agrado entre as refeições.

As vantagens desses petiscos naturais é que são muito mais saudáveis para os cães, pois não contêm os elementos químicos e potencialmente tóxicos encontrados naqueles snacks e biscoitos para cães vendidos nas lojas. Esses produtos processados apresentam valor nutricional muito baixo, além de conter conservantes, corantes e outros elementos químicos nocivos à saúde, além de em geral, conter uma quantidade excessiva de sódio, que é prejudicial aos cães.

Veja abaixo os ingredientes e o modo de preparo desse delicioso biscoito de abóbora para cães, que leva cerca de 40 minutos para ficar ponto.

Biscoito de abóbora para cães


Ingredientes

  • 3 xícaras de farinha de trigo integral
  • 1 xícara de purê de abóbora natural
  • 3 colheres de sopa de pasta de amendoim natural (sem açúcar e sem cacau)
  • 1/2 xícara de aveia
  • 2 ovos

Modo de preparo

Misture a farinha e a aveia utilizando uma tigela e reserve. Em um recipiente maior, misture o purê de abóbora, a pasta de amendoim e os ovos. Acrescente a farinha e a aveia e misture bem. Em uma superfície lisa, despeje um pouco de farinha peneirada e abra a massa, deixando que fique com cerca de 1 cm de espessura. Utilize um pouco de farinha no rolo e nas mãos, pois a massa do biscoito fica com uma textura um pouco grudenta. Corte os biscoitos no formato desejado e espalhe sobre uma forma grande, deixando algum espaço entre eles. Leve ao forno pré-aquecido à 350º e deixe assar até dourar (aproximadamente 35 minutos). Para terminar, leve os biscoitos a geladeira para adquirirem a consistência esperada. Opcionalmente, para que os biscoitos possam durar um pouco mais, é possível acrescentar um pouco de sal no preparo da massa, mas sem exagero (meia colher de chá é suficiente).



Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

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Saiba tudo sobre cachorros

Cachorro pode comer laranja?

Cachorro pode comer laranja? Conforme já comentamos aqui no blog, há inúmeras frutas que são consideradas seguras para o consumo canino. Mas algumas frutas que são benéficas ao ser humano, no entanto, podem fazer mal se consumidas por cães e até mesmo apresentar um alto potencial tóxico aos nossos peludos. Mas e no caso de frutas cítricas, como as laranjas e tangerinas?


Cachorro pode comer laranja?
Cachorro pode comer laranja?

As frutas cítricas trazem muitos benefícios a nossa saúde, pois contêm vitamina C, que ajuda a fortalecer o sistema imunológico e prevenir doenças. Apesar de que boa parte dos cães podem não demonstrar interesse por frutas como a laranja, exatamente pelo seu sabor cítrico, alguns cachorros gostam dessas frutas. Não é tão difícil observar que alguns cães que vivem em sítios e fazendas acabam por experimentar laranjas e tangerinas que caem no chão. Mas o consumo dessas frutas é indicado para o consumo canino ou elas podem fazer mal aos cachorros?

Cachorro pode comer laranja?


Assim como qualquer outro alimento, em especial os de origem vegetal, alimentos como a laranja e a tangerina  podem fazer mal aos cães se consumidos em excesso. Sempre procuro comentar aqui no blog que a alimentação dos cães não deve ser baseada essencialmente em elementos vegetais e, especialmente quando falamos em alimentação natural, preparada a base de ingredientes frescos, os alimentos de origem vegetal devem constituir uma pequena parte de cada refeição.

Cachorro pode comer laranja?
Cachorro pode comer laranja?

Todavia, há inúmeras frutas que podem ser oferecidas aos cães com segurança, pois não apresentam potencial tóxico. Na verdade, algumas frutas trazem tantos benefícios para a saúde que podem até mesmo fazer parte da alimentação regular do seu cachorro, como um complemento nutricional. Algumas frutas e até mesmo alguns legumes crus podem ser excelentes opções de petiscos para cães, muito mais saudáveis do que aqueles encontrados em lojas especializadas e, sem dúvida, muito mais indicados para oferecer ocasionalmente entre as refeições. A resposta curta para a nossa questão inicial, portanto, é sim, cachorro pode comer laranja, desde que seja oferecida sem exagero.

Cachorro pode comer laranja?
Laranjas, mexericas e tangerinas não são alimentos considerados tóxicos para os cães, e são permitidos para o consumo canino. Nem todos os cães gostam do sabor de frutas cítricas, mas desde que sejam oferecidas pequenas porções de cada vez, não há motivo para que a laranja faça mal para o cachorro. O ponto mais importante a ser observado no caso dos cachorros que gostam desse tipo de fruta é exatamente em relação à quantidade oferecida. Frutas como a laranja contêm ácido cítrico, que pode causar um mal-estar e até dor de estômago caso o cachorro coma uma porção exagerada. Lembre-se que no caso dos cães de pequeno porte essa quantidade deve ser ainda mais controlada, não só pelo porte que já exige porções mais comedidas, mas também porque muitas raças pequenas tem um estômago mais sensível.

Nunca ofereça ao seu cachorro uma quantidade grande de uma só vez de alimentos que ele nunca tenha provado antes. Se você quiser oferecer laranja ou tangerina ao seu cão, experimente primeiro uma pequena porção, como por exemplo, uma pequena fatia. Mesmo no caso de animais maiores, não é recomendado oferecer mais do que 2 ou 3 fatias de laranja de cada vez. Se o seu cão aceitar bem esse petisco, é um indicativo que você pode voltar a oferecer essa fruta de vez em quando. Lembre-se que frutas como a laranja ou a tangerina também contêm açúcar, e mesmo que não faça mal ao seu cachorro, o consumo regular e em excesso pode acabar causando obesidade ou ainda outros problemas de saúde.


Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cachorro pode comer abóbora?

Cachorro pode comer abóbora? A abóbora é um alimento saudável que fornece vitaminas, minerais e fibras à nossa dieta regular. É também considerado um alimento que pode ajudar a controlar problemas digestivos. Os cães costumam adorar o sabor das abóboras, até mesmo cruas, quem tem algumas plantadas em casa ou na fazenda pode confirmar isso. Mas será que os benefícios desse vegetal também se aplicam aos cães?


Cachorro pode comer abóbora?
Cachorro pode comer abóbora?

A abóbora é uma hortaliça muito rica em nutrientes, e amplamente utilizada na culinária. Além de ser um alimento pouco calórico, pois quase não contém gordura, a abóbora é rica em cálcio, fósforo, potássio, ferro e manganês. A abóbora contém ainda carboidratos e proteína, além de ser fonte de diversas vitaminas, como por exemplo a vitamina A, C, e E. O tipo de abóbora mais utilizada no Brasil, conhecida principalmente como Moranga ou Jerimum possui beta-caroteno, um poderoso antioxidante, que combate os radicais livres e ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e até contra o câncer.

Mas como sempre procuro comentar aqui no blog, é importante saber se os benefícios de cada tipo de alimento também se estendem aos cães, afinal, muitos alimentos que consumimos diariamente podem ser nocivos aos nosso amigões de quatro patas.

Cachorro pode comer abóbora?


Cachorro pode comer abóbora?
Cachorro pode comer abóbora?

Muitos proprietários que optam em alimentar os seus cachorros com uma dieta natural, baseada em ingredientes frescos, incluem a abóbora na preparação das refeições. E, de fato, a abóbora não é um alimento tóxico e nem perigoso para o consumo canino, desde que seja oferecido com moderação. Portanto, para responder a mais essa pergunta, basta dizer que sim, cachorro pode comer abóbora. Todavia, tenha em mente que, como sempre comento nos artigos sobre alimentação natural, os cães que recebem esse tipo de dieta, devem ser alimentados primariamente com carne. Os vegetais devem representar uma pequena fração de cada refeição. Essa questão é importante no que diz respeito a alimentação natural, pois o sistema digestivo dos cachorros não está tão bem preparado para digerir carboidratos quanto o nosso. É por isso que os cães são mais bem preparados para digerir proteína e gordura de origem animal.

Quais os benefícios da abóbora na alimentação canina


Conforme explicado mais acima, a abóbora é rica em vitaminas, fibra e sais minerais, além de conter beta-caroteno, um importante antioxidante que é benéfico também aos cães, desde que não se ofereça em quantidades exageradas. Lembre-se que a quantidade de vegetais oferecida para o seu cachorro diariamente deve representar uma pequena parte da refeição.

A abóbora é conhecida também por ajudar a regular o sistema digestivo. Como se trata de um alimento rico em fibras, a abóbora pode atuar de maneira positiva contra a constipação, assim como também pode ajudar em casos de diarreia. As mesmas fibras que ajudam a absorver o excesso de líquido e melhorar a diarreia, também podem atuar como laxante nos casos de constipação.

Como oferecer abóbora para cachorros?


Caso o seu cachorro já esteja acostumado a uma dieta natural, baseada em ingredientes frescos, preparados especialmente para ele, a abóbora pode ser oferecida como parte de cada refeição, sempre em pequenas quantidades, e preferencialmente cozidas. Também é possível oferecer um purê de abóbora ao invés do alimento em pedaços. Você pode cozinhar, assar no forno ou até mesmo no microondas, depois é só amassar ou bater para transformar em purê. Evite adicionar óleo e sal.

Outra maneira de utilizar a abóbora como alimento canino, é no preparo de deliciosos petiscos assados, que podem ser oferecidos ao seu cachorro entre as refeições e até mesmo durante as aulas de obediência. Esta é uma maneira fácil e muito apetitosa de evitar que o seu peludo coma alimentos pouco saudáveis. A principal vantagem desse tipo de petisco é que podemos escolher os ingredientes e prepará-los de maneira natural, sem aditivos químicos, como conservantes e corantes artificiais que são encontrados na maioria dos produtos industrializados vendidos no mercado. O preparo dos biscoitos de abóbora é relativamente simples, e há uma boa variedade de receitas e sabores. Para aprender a preparar um saboroso biscoito de abóbora, confira esta receita simples que o seu amigão vai adorar.

Semente de abóbora para cachorros


As sementes de abóbora também não fazem mal aos cães, desde que oferecidas com moderação. As sementes torradas são um delicioso petisco para cães, mas lembre-se de que os cachorros não podem com óleo e sal em exagero. Muita gente utiliza ainda as sementes de abóbora moídas juntamente com a abóbora como ingredientes na preparação de biscoitos, bolachas e demais petiscos naturais para cães. Eles adoram, e certamente são petiscos muito mais saudáveis do que os snacks e biscoitos encontrados no mercado.

As sementes de abóbora cruas também podem ser utilizadas como anti-parasitários naturais, pois ajudam a combater alguns tipos de parasitas, como ancilostomídeos e tênias. Em geral, as sementes são oferecidas para este fim ainda cruas, trituradas ou moídas. A quantidade indicada é de aproximadamente uma colher de chá de semente de abóbora moída para cada 10 kg de peso corporal.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Como iniciar uma dieta a base de carne crua

Como iniciar uma dieta a base de carne crua - A dieta a base de alimentos crus para animais de estimação é uma opção que muitos proprietários escolhem para melhorar a qualidade de vida de seus pets. Mas muita gente que pretende iniciar uma dieta deste tipo fica em dúvida de como fazê-lo, e se a mudança pode ocasionar problemas para os animais que se alimentam com rações comerciais.


Como iniciar uma dieta a base de carne crua
Como iniciar uma dieta a base de carne crua

Os proprietários que oferecem ao seus cães uma alimentação natural, com ingredientes frescos e crus, conhecem bem os benefícios que esse tipo de dieta pode trazer à saúde. Em geral, cães alimentados com refeições naturais, especialmente preparadas para eles, costumam ter uma melhor qualidade de vida e apresentar um sistema imunológico mais forte.

Se você fizer uma visita de rotina ao seu médico e perguntar sobre a qualidade da sua alimentação, é muito provável que você seja aconselhado a consumir produtos mais saudáveis, naturais, sem conservantes e sem aditivos químicos nocivos à saúde. Então, por que os cães podem comer ração processada, desidratada e cheia de aditivos químicos? A conclusão lógica é que a dieta a base de ingredientes naturais é a mais aconselhada também para os animais de estimação, que são mais preparados para absorver os nutrientes desses alimentos frescos do que das rações industrializadas. Muitos proprietários e veterinários adeptos da alimentação natural recomendam, portanto, a dieta baseada em carne crua, que é a base da alimentação dos cães selvagens e de seu ancestral direto, o lobo. Se você tem alguma dúvida em relação a este tipo de dieta, saiba mais no artigo Cachorro pode comer carne crua?.

Quais são os benefícios da dieta a base de carne crua?


De acordo com a maioria dos proprietários que alimentam seus cães com este tipo de dieta, os benefícios para o animal são grandes, principalmente no longo prazo. Os mais evidentes e citados com mais frequência são:
  • Sistema imunológico mais forte e saudável
  • Pelagem mais saudável e brilhante, sem odor corporal
  • Melhora da atenção, concentração e redução da hiperatividade
  • Dentes mais limpos e gengivas saudáveis
  • Hálito fresco
  • Maior facilidade de manter o peso adequado
  • Melhor tônus muscular
  • Menor volume das fezes
  • Acaba com os parasitas, elimina necessidade de vermífugos
  • Elimina problemas metabólicos
  • Diminui o custo em relação às rações comerciais

Também são inúmeros os benefícios de longo prazo. Os cães que recebem uma dieta natural, baseada em ingredientes crus, fortalecem o sistema imunológico, e as visitas ao veterinário diminuem consideravelmente. Cães alimentados com uma dieta natural são mais saudáveis, e apresentam até mesmo melhora no comportamento. No entanto, as dúvidas em relação à alimentação com carne crua e como fazer a mudança de dieta são muito frequentes entre os marinheiros de primeira viagem. Vamos comentar um pouco sobre esse assunto e tentar ajudá-lo caso você tenha decidido mudar a alimentação do seu cachorro da ração industrializada para uma alimentação natural, baseada em ingredientes frescos e crus.

Cuidados antes de mudar a dieta do seu cachorro


O ponto mais importante é que nunca deve ser promovido nenhum tipo de mudança na rotina alimentar de um cão enfermo ou convalescente. Tenha em mente que, mesmo que o seu cachorro não apresente nenhum sintoma, ele pode não estar com a saúde perfeitamente em dia. A primeira dica é fazer uma visita ao seu veterinário e passar o seu amigão por uma consulta de rotina. Exames laboratoriais devem ser realizados para verificar se está tudo ok com ele. Explique ao veterinário que você pretende mudar a alimentação do seu cachorro, e peça para ele realizar os exames necessários a fim de determinar se está tudo certo com o seu peludo. É preciso que ele esteja com as vacinas em dia, e que os exames não indiquem nenhum sinal de anemia e nem a presença de vermes ou demais parasitas nas fezes. Exames simples de sangue e de fezes são, em geral, suficientes para determinar se está tudo bem em relação a isso. Caso os exames indiquem alguma alteração nesse sentido, ou qualquer outra alteração mais séria, nem pense em mudar a alimentação do seu cachorro antes de terminar o tratamento indicado pelo veterinário.

Como iniciar uma dieta a base de carne crua


Como iniciar uma dieta a base de carne crua
Como iniciar uma dieta a base de carne crua

Se tudo estiver ok com a saúde do seu amigão, o primeiro passo é iniciar a transição de maneira suave e gradativa. Um erro bastante comum entre os proprietários menos experientes é iniciar esse tipo de dieta de repente, incluindo já nas primeiras refeições uma grande variedade de ingredientes. Esse é um erro que pode trazer problemas nessa fase de adaptação, que é certamente a mais delicada para o seu cachorro. Vamos listar abaixo algumas dicas importantes para evitar grandes problemas nessa fase inicial.

Ofereça apenas carne de boa procedência e própria para o consumo - Qualquer alimento a ser oferecido ao seu cachorro deve ser de boa procedência. Como os alimentos serão oferecidos crus, a carne deve ser própria para consumo humano. Nunca ofereça carne em condições duvidosas ao seu cachorro. Como regra geral, ofereça apenas as carnes que você poderia utilizar no preparo das suas próprias refeições. Se a carne não estiver boa para o seu consumo, também não está boa para o consumo do seu cachorro. Um cuidado importante é comprar a carne fresca e congelá-la assim que você chegar em casa. Procure manter a carne no freezer por um período de 3 a 5 dias, e quando for oferecê-la ao seu cachorro, descongele-a na geladeira. Evite deixar a carne exposta e fora da geladeira por mais de 20 minutos.

Nunca misture carne crua com ração comercial - A ração industrializada exige um pH diferente no intestino para que os cães possam digerir, e isso vai fazer com que o seu cachorro fique muito mais suscetível às bactérias contidas na carne crua. Cães saudáveis lidam com essas bactérias sem maiores riscos, mas a mistura com a ração comercial vai fazer com a carne leve muito mais tempo para ser digerida, o que propicia a proliferação dessas bactérias. Quando dizemos que a mudança deve ser gradual, não estamos nos referindo a manutenção da ração comercial como parte das refeições. A ração industrializada deve ser descontinuada imediatamente. Os novos ingredientes é que deverão ser introduzidos pouco a pouco, conforme explicado mais abaixo. Se você ainda tem um pouco de ração comercial em casa, faça uma doação para algum abrigo de cães, ou simplesmente jogue fora.

Comece com uma única fonte de proteína - Muitos proprietários procuram começar uma dieta deste tipo com a carne de frango, que é uma fonte de proteína de fácil digestão, além de ser uma carne barata. Mantenha essa dieta por pelo menos uma semana, e observe a adaptação do seu cachorro a esse novo alimento. Nesse período, não introduza nenhum outro tipo de ingrediente nas refeições. Isso é muito importante nessa primeira fase de adaptação.

A ideia da alimentação a base de carne crua é proporcionar o exercício da mastigação que o seu cão precisa para manter os dentes limpos e gengivas saudáveis, portanto ofereça sempre o alimento integral, nem pense em oferecer carne moída. Procure adequar os tamanhos de cada porção ao porte do animal: se você tem um cachorro pequeno, como um Pequinês, ofereça uma coxa de frango inteira, e se você tem um cão maior, como um Labrador, experimente oferecer meio frango. Aos poucos, dependendo da evolução nas primeiras semanas, procure introduzir novas fontes de proteína de maneira gradativa. Não se preocupe em alcançar o perfeito equilíbrio nutricional com uma grande variedade de carnes, ossos e miúdos nesse primeiro momento. O equilíbrio de cada refeição é de fato muito importante, mas não há nenhuma necessidade de apressar esse processo. Introduza aos poucos uma maior variedade de alimentos para não causar problemas digestivos ao seu cachorro. Esse processo gradativo não vai prejudicar o seu cachorro em relação ao equilíbrio dos nutrientes de cada refeição. Tenha em mente que mesmo nessa fase inicial, ele já estará recebendo um alimento de muito melhor qualidade do ponto de vista nutricional do que qualquer ração comercial, mesmo se considerarmos aquelas mais caras. Lembre-se que o seu cachorro esteve durante um bom tempo comendo um alimento artificial, à base de um grão duro, desidratado, cheio de carboidratos de origem vegetal, e muito difícil de digerir. Para saber mais sobre esse assunto veja o artigo Por que rações para cães contém carboidratos?. É importante considerar que o seu amigão pode estar com as enzimas digestivas reprimidas e em casos assim, pode precisar de algum tempo para estar com o sistema digestivo funcionando da maneira correta novamente.

Equilibre a dieta - Balancear as refeições do ponto de vista nutricional é muito importante para os cães, tanto para os adultos quanto para os filhotes. Depois desses primeiros dias, ou quem sabe após duas ou três semanas, tente acrescentar um novo ingrediente nas refeições. Tente adicionar uma pequena porção de miúdos, como coração ou moela, ou experimente incluir uma nova proteína, como por exemplo um pedaço de carne bovina. Continue esse processo aos poucos, sem pressa, observe a reação do seu peludo e mantenha essa dieta por mais algum tempo, sem fazer novas alterações. Lembre-se que os miúdos e outros órgãos internos, como o fígado, podem soltar o intestino, portanto nunca exagere nas quantidades e sempre procure introduzir cada ingrediente de maneira gradativa. Com o passar do tempo, vai se tornar cada vez mais fácil introduzir novos alimentos na dieta do seu cachorro, incluindo novas fontes de proteínas e outros complementos importantes para a alimentação regular.

De maneira geral, apesar de haver diferentes fórmulas e diversas receitas adequadas, podemos considerar que uma dieta equilibrada é formada por carnes, ossos e miúdos, além de haver outros suplementos que podem ser igualmente benéficos. Os miúdos podem estar presentes na alimentação em cerca de 10% de cada refeição (por exemplo, 5% de fígado e 5% de miúdos). Os ossos comestíveis devem representar cerca de 10% da refeição, enquanto os 80% restantes devem ser formados por carne, tendões, ligamentos e gordura. O que temos que considerar na hora de equilibrar as refeições é que a carne é rica em fósforo, enquanto os ossos são ricos em cálcio. Incluindo nas refeições cerca de 10% de ossos comestíveis, você vai garantir a proporção exata de cálcio e fósforo exigida para a alimentação canina. Outros ingredientes como peixes, ovos e bucho, apresentam uma relação equilibrada entre cálcio e fósforo.

Qual a quantidade ideal por refeição?


As quantidades ideais de alimento que o seu cão deve receber diariamente depende diretamente do peso e da idade de cada animal. Comece pesando o seu cachorro para determinar o seu peso atual e as quantidades ideais de alimento a ser oferecido por dia. A porção diária recomendada para este tipo de dieta deve representar, em linhas gerais, de 2 a 3% do peso do animal, ou cerca de 1/2 kg de alimento para cada 11,5 kg de peso corporal. Portanto se o seu cachorro já é adulto e pesa, por exemplo, 35 kg, a porção diária de alimento será de aproximadamente 1,5 kg por dia.

No caso dos filhotes, o cálculo é um pouco diferente. A porção diária de alimento para os filhotes não pode ser maior do que 10% do seu peso corporal, ou cerca de 2 a 3% do peso corporal ideal para os cães adultos da mesma raça. Lembre-se que calcular a dose diária de alimento através do peso ideal de quando ele for adulto é mais fácil se for um animal de raça pura, pois é muito mais difícil precisar o peso ideal dos animais mestiços enquanto ainda são filhotes. Se você estiver introduzindo este tipo de alimentação a um filhote, procure fracionar a porção recomendada em 3 refeições diárias, sempre com intervalos regulares. Lembre-se de pesar o seu filhote toda semana, ou a cada quinze dias para recalcular a quantidade ideal de alimento adequadamente.

Utilize um critério flexível ao de determinar a porção ideal de alimento que o seu cachorro vai receber diariamente. Lembre-se que cães mais ativos requererem naturalmente uma maior quantidade de alimento por refeição, enquanto os mais preguiçosos podem recebem um dose um pouco menor.


Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

Saiba + sobre dieta a base de carne crua

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Cachorro pode comer carne crua?

Cachorro pode comer carne crua? Apesar de haver muito debate sobre esta questão, muitos proprietários de animais de estimação, principalmente de cães e gatos optam por fornecer uma dieta natural a base de ingredientes crus. Mas afinal, a carne crua pode realmente fazer mal aos cães?


Cachorro pode comer carne crua?
Cachorro pode comer carne crua?

Sempre que comento aqui no blog sobre as dietas naturais para cães, baseadas em ingredientes frescos, preparados especialmente para eles, procuro enfatizar alguns pontos importantes. Provavelmente a questão mais relevante, seja o equilíbrio adequado das refeições. Muita gente pensa que os vegetais, especialmente os cereais devem estar presentes em maior quantidade em cada refeição, o que não é verdade. As dietas saudáveis para cães podem ser complementadas com alguns tipos de vegetais, mas em quantidade mínima. A base de uma dieta deste tipo deve ser mesmo a carne, pois os cães e gatos não estão tão bem preparados para digerir proteínas de origem vegetal.

O que dizem os especialistas sobre alimentos crus para cães?


Primeiramente, é preciso deixar claro que este é um tema controverso, e que a maioria dos veterinários defendem a alimentação a base de ração industrializada. De acordo com esses veterinários, os benefícios que os alimentos crus oferecem aos pets são questionáveis, além de aumentarem a possibilidade da contração de doenças causadas por parasitas e bactérias. Esses profissionais asseguram ainda, que a ração industrializada é a mais adequada para os animais de estimação, pois são formuladas especialmente para eles e perfeitamente balanceadas do ponto de vista nutricional.

O que dizem os que são contrários a carne crua para cães?


O primeiro argumento contrário à alimentação de pets com dietas a base de carne crua é exatamente a comparação que se faz em relação às rações comerciais. Conforme mencionado mais acima, os veterinários que se opõe à alimentação natural, asseguram que a ração industrializada é o tipo de alimento mais indicado para os pets, pois são completos e perfeitamente balanceados. Além disso, outros pontos são frequentemente colocados em pauta, como o risco de doenças causadas por bactérias, como por exemplo a salmonela, e por parasitas, especialmente no caso da alimentação que inclui carnes cruas. Também são levantadas questões como o perigo do consumo de ossos pelos cães, em especial pelos filhotes e pelos cães de pequeno porte, que podem se engasgar com fragmentos de ossos, e até mesmo sofrer perfuração na garganta, ou em algum órgão interno.

O que dizem os que são favoráveis a carne crua para cães?


Os primeiros argumentos a favor de uma alimentação natural a base de alimentos crus, também diz respeito às rações industrializadas. De acordo com os veterinários que indicam a dieta natural, as rações comerciais contêm inúmeras toxinas que prejudicam a saúde dos cães, tais como nitrato de sódio, aromatizantes, corantes, estabilizantes, dentre outros produtos químicos e demais impurezas. Além disso, esses alimentos são muito processados, passam por processos de altíssima temperatura, o que reduz substancialmente o valor nutricional dos ingredientes utilizados. Veterinários que defendem a dieta natural, afirmam ainda que as rações comerciais, secas ou enlatadas, fazem mal aos dentes e permitem que as bactérias se proliferem na boca, o que causa dor nas gengivas, mau hálito e intoxicações bacterianas que afetam o resto do corpo. Outro ponto frequentemente apontado, é que, como sempre comentamos aqui no blog, os cães não tem um sistema digestivo tão bem preparado para digerir grãos e outros elementos vegetais como o ser humano. O problema é que, o cozimento em alta temperatura desses ingredientes, que estão presentes em grande quantidade nas rações comerciais, pode transformar o amido e as proteínas de origem vegetal em substâncias potencialmente tóxicas, em diferentes níveis. O grão mal digerido pode favorecer a proliferação de bactérias que produzem toxinas no intestino grosso, e essas toxinas podem eventualmente chegar à circulação sanguínea, ocasionando problemas em outros órgãos. Para saber mais sobre esse assunto, confira o artigo Por que ração para cães contém carboidratos?.

Já os benefícios que se aponta em relação a carne crua são inúmeros, como a melhora do sistema imunológico, da pelagem, além da redução dos problemas dentários, odor corporal e mal hálito. Os que são a favor desse tipo de alimentação também argumentam que os animais são naturalmente mais resistentes às bactérias (como a salmonela) do que o ser humano. Uma das razões de se oferecer o alimento processado para cães seria oferecer uma maior segurança para o proprietário e não para o animal. Porém, mesmo esses riscos seriam drasticamente reduzidos com uma correta manipulação e conservação dos ingredientes crus.

Cachorro pode comer carne crua?


Cachorro pode comer carne crua?
Cachorro pode comer carne crua?

Primeiramente, vamos comentar a respeito dos tipos de alimentação que tem como base os ingredientes crus. Há três tipos diferentes de dietas que podem ser oferecidas aos cães. O primeiro, são as rações comerciais a base de alimentos crus, que são vendidos congelados. O segundo tipo, é a alimentação natural baseada em ingredientes frescos e crus. As receitas mais comuns são aquelas com base em carne crua. Em geral, são oferecidas refeições que consistem em 60% de carne crua, ossos de carne, e uma mistura de alimentos de origem vegetal e animal, como verduras, ovos, miúdos e até mesmo leite. O terceiro tipo é uma combinação de dietas, contendo carne crua misturada com cereais e outros elementos de origem vegetal.

Se você pensa em introduzir uma dieta a base de carne crua para o seu peludo, antes de mais nada, vamos considerar um fator muito importante. Talvez a questão mais importante para se introduzir esse tipo de alimentação pela primeira vez é a condição de saúde do cachorro. Se o animal que recebe uma refeição com carne crua estiver com a imunidade baixa ou convalescente, o risco de contrair qualquer doença causada por bactérias é muito maior. Se for a primeira vez que o seu animal recebe esse tipo de alimento, o cuidado deve ser ainda maior. Também é essencial usar de bom senso na hora de uma decisão como essa se o seu animal for idoso ou um filhote. Questões como a vermifugação e a vacinação devem ser consideradas antes de alterar os hábitos alimentares de qualquer cachorro. Todos os defensores desse tipo de dieta afirmam que a exposição regular a esses micro-organismos é positiva, a medida que cria resistência, e fortalecem o organismo do animal. No entanto, seja cauteloso caso você queira introduzir esse tipo de dieta para um cão acostumado com rações comerciais. Tenha em mente que as bactérias da carne crua podem sim prejudicar o seu animal caso ele esteja com o sistema imunológico comprometido. É normal, até mesmo, que se aponte esse tipo de dieta como causadora de doenças renais e pancreatite, quando, na verdade, a doença já estava presente e foi apenas evidenciada pela nova dieta. Portanto utilize de bom senso, e evite alterar a rotina alimentar de um animal doente, convalescente, idoso ou filhotes em fase de vacinação e vermifugação.

Vamos às nossas considerações finais. Cachorro pode comer carne crua? A resposta é sim, cachorro pode comer carne crua, desde que sejam observados todos os pontos apontados nesse artigo. Os cães são surpreendentemente bem preparados para lidar com as bactérias presentes na carne crua. A saliva canina contém propriedades anti-bacterianas, pois contém uma enzima chamada lisozima, que destrói a maior parte das bactérias nocivas. Além disso, o aparelho digestivo curto do cães foi concebido para transportar o alimento rapidamente, sem dar tempo para a proliferação de bactérias. Muita gente considera a presença de bactérias (como a salmonella) nas fezes dos cães como prova de que o cão está infectado, mas na realidade isso é a prova de que o cão tem efetivamente a capacidade de eliminar essas bactérias sem contrair a doença. E, se você está pensando que, em casos como esse, o cão pode ser um portador e transmissor de salmonela, o seu raciocínio está correto. O cão pode atuar como um portador de salmonela, mas a solução é bastante simples: basta não comer cocô de cachorro e lavar as mãos depois recolher a sujeira :)

Considere que até mesmo os cães que consomem ração comercial (mesmo aquelas com grãos desidratados) podem ser portadores de salmonela e demais bactérias. A maioria dos casos documentados de septicemia bacteriana grave, são de animais alimentados com ração comercial, ou animais que sofrem reações à vacinas. Muitas rações industrializadas já foram inúmeras vezes recolhidas das lojas em diversas partes do mundo por apresentarem bactérias ou fungos que produzem toxinas letais. Seja sempre cauteloso em relação a essa questão, procure sempre utilizar de bom senso. Afinal, cães são animais que se lambem, comem uma grande variedade de coisas que são repugnantes para nós, lambem o chão, o ânus, etc. É claro que os cães também podem ficar doentes por causa de bactérias, mas os casos não são frequentes. Em geral, eles têm uma maior capacidade do que nós para lidar com esses micro-organismos potencialmente patogênicos. Se um cão sofre de salmonela, obviamente ele não está com a saúde em dia, em especial se comparado a um cão que comeu o mesmo alimento, com a mesma carga de bactérias, mas permanece perfeitamente saudável.

Como alimentar um cão com carne crua de forma segura?


Se você leu esse artigo desde o início e decidiu por oferecer uma dieta a base de carne crua para o seu cão, vamos à algumas dicas para evitar problemas.

  • Nunca alimente o seu cão com carne imprópria para o consumo humano. Pense sempre na boa conservação da carne para evitar a proliferação de micro-organismos nocivos.
  • Compre a carne de boa procedência, fresca, e congele-a por um período de no mínimo 3 dias antes de descongelá-la e oferecer ao seu cão.
  • Se o seu cão estiver recebendo esse tipo de alimentação pela primeira vez, certifique-se que a saúde dele está em dia. Peça ao seu veterinário para realizar exames de fezes para checar se há presença de vermes ou demais parasitas. Em caso positivo, aguarde o término do tratamento.
  • Nunca misture carne crua com rações industrializadas. Não se iluda em pensar que as rações comerciais desidratadas são estéreis e sem riscos de conter bactérias. Os amidos, gorduras sólidas e açúcares contidos nesses alimentos oferecem melhores fontes de alimentos para as bactérias do que as proteínas da carne crua. Este tipo de alimento proporciona um ambiente ideal para a proliferação de bactérias, e a mistura desses alimentos com a carne crua pode potencializar o problema.
  • Nunca deixe o alimento no prato do cachorro por mais de 20 minutos. A carne descongelada pode ser armazenada com segurança por 24 horas, desde que esteja adequadamente acondicionada e refrigerada. Caso o seu cão deixe sobras, descarte o alimento.
  • Nunca altere a rotina alimentar de um cão doente, convalescente, com imunidade baixa ou de filhotes em fase de vacinação ou vermifugação. Em caso de dúvida, sempre consulte um veterinário para exames de rotina antes de mudar a alimentação do seu cachorro.


Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

Saiba + sobre dieta a base de carne crua


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Cachorro pode comer panquecas?

Cachorro pode comer panquecas? Panquecas são alimentos muito populares em diversas parte do mundo, seja como parte de um prato mais elaborado ou até mesmo para se consumir no café-da-manhã. As panquecas são ricas em carboidratos, vitaminas, minerais, e podemos dizer que fazem bem à saúde, pelo menos do ser humano. Mas e em relação aos cães? Esse alimento pode apresentar também os mesmos benefícios?


Cachorro pode comer panquecas?
Cachorro pode comer panquecas?

Sempre que comento aqui no blog sobre alimentação natural para cães, a chamada alimentação caseira, procuro enfatizar um ponto muito importante: os cães não são iguais ao ser humano no que diz respeito ao sistema digestivo. Essa é uma questão relevante em casos como esse, pois o sistema digestivo dos cães não está tão bem preparado como o nosso para digerir os carboidratos e absorver adequadamente seus nutrientes. Como regra geral, a alimentação canina deve ser baseada em proteína de origem animal, e os carboidratos devem ser limitados a uma quantidade mínima.

Além disso, há alguns ingredientes nas panquecas que podem não ser indicados ao consumo de um cachorro. Por exemplo, alguns cães são intolerantes à lactose contida no leite que utilizamos para o preparo das panquecas. E também há restrições em relação aos demais ingredientes desse delicioso prato. As panquecas são fritas em óleo, o que faz dela um alimento rico em gordura. Como já mencionamos aqui no blog em diversos outros artigos, as gorduras vegetais devem ser evitadas na alimentação canina, assim como outros ingredientes da panqueca, como por exemplo a farinha de trigo.

Cachorro pode comer panqueca?


Cachorro pode comer panquecas?
Cachorro pode comer panquecas?

De maneira geral, podemos dizer que a panqueca pode ser oferecida em uma quantidade mínima para os cachorros, como um  petisco. Portanto, para responder a nossa dúvida, a resposta curta seria sim, cachorro pode comer panquecas. No entanto, apesar de não ser um alimento tóxico para os cães, os nutrientes de uma panqueca não são absorvidos pelos cães na mesma intensidade do que pelo seres humanos. Isso porque, conforme mencionado mais acima, os cães têm mais dificuldade em digerir os carboidratos do que nós. É claro que a maioria dos cães apreciam o sabor de uma deliciosa panqueca, mas considerando que esse não é um alimento dos mais indicados do ponto de vista nutricional, procure não oferecer grandes porções ao seu cachorro. Um pequeno pedaço, como petisco, não deve fazer mal, mas se a panqueca for oferecida em excesso, pode causar dor de barriga, gases e indigestão.

Outro ponto importante é que os cachorros não podem consumir a maioria dos recheios que costumamos utilizar no preparo das panquecas. Sejam panquecas com recheio doce, como mel, açúcar ou doce-de-leite, ou ainda as que tem recheios salgados, como cremes, queijos ou carnes. Nunca ofereça panquecas com os recheios aos cães. Lembre-se que mesmo os recheios salgados são preparados com ingredientes que os cães não devem consumir, e alguns deles podem ser muito perigosos. Um exemplo disso é a cebola, que é um ingrediente extremamente tóxico para os cães.



Em resumo, nunca faça como no vídeo acima, mesmo que seu cachorro seja de porte grande. Um pedacinho de panqueca sem recheio não deve fazer mal ao seu cachorro, mas considerando que esse é um alimento rico em carboidratos, nunca ofereça mais do que um pequeno pedaço. Afinal, os nutrientes importantes para o seu cachorro geralmente estão na sua dieta regular, e não nos petiscos.


Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.