segunda-feira, 30 de junho de 2014

Por que ração para cães contém carboidratos?

Sempre que falo aqui no blog sobre a alimentação natural, comento a importância da proteína de origem animal na dieta regular dos cães, e muita gente tem me perguntado porque as rações comerciais contêm uma quantidade tão grande de carboidratos em sua formulação.



Por que ração para cães contém carboidratos?
Por que ração para cães contém carboidratos?

Se você acompanha o blog, ou se já procurou informações em artigos sobre algum alimento específico, é provável que você já tenha notado que sempre enfatizamos aqui a importância das proteínas de origem animal na alimentação dos cães.

Se observarmos, por exemplo, a dentição de cães e gatos, é possível notar os caninos e molares afiados, típicos de predadores carnívoros. E, ao contrário do que muita gente pensa, os cães não são onívoros. Os cães são, na verdade, animais carnívoros. Na natureza, os cachorros selvagens são caçadores e a base da alimentação desses canídeos é a carne de suas presas. Essa dieta pode até ser complementada com frutos e demais vegetais ocasionalmente, mas somente em situações de necessidade, como no caso da escassez de alimentos. Essa complementação acontece em função de uma alta capacidade de adaptação dos cães, e não por serem animais onívoros. Esse tema já foi abordado com mais detalhes no artigo O cão é um animal carnívoro ou onívoro?.

Mas se os cães são animais essencialmente carnívoros, e as proteínas de origem animal devem ser a base da alimentação desses canídeos, por que ração para cães contém carboidratos? E, mais importante, por que esses produtos contêm uma quantidade tão grande de carboidratos? Ao observarmos as embalagens das rações comerciais para cães, podemos observar que há uma grande quantidade de carboidratos na formulação, que do ponto de vista fisiológico, não traz benefício algum para a dieta canina. Mas então, por que essas linhas de ração comerciais incluem uma quantidade tão exagerada de carboidratos em sua formulação?

Por que ração para cães contém carboidratos?


Por que ração para cães contém carboidratos?
Por que ração para cães contém carboidratos?

Se você está se perguntando por que ração para cães contém carboidratos, a resposta é, no mínimo, preocupante. A primeira razão para isso, é que os carboidratos derivados de grãos, cereais e até de raízes, como por exemplo a batata, são uma fonte de energia de baixo custo. Portanto, a primeira razão para que a industria de alimentos para pets adicione tanto carboidrato nas rações é simplesmente a redução dos custos de produção. E, além de serem ingredientes de baixo custo, trazem ainda outros benefícios importantes aos fabricantes. Esse tipo de alimento é mais fácil de ser conservado e são ingredientes indispensáveis na preparação da ração. Além de servirem como enchimento, não seria possível produzir os grãos de ração desidratados sem os carboidratos para dar a liga.

Os fabricantes de ração gostam de sustentar a imagem de excelência em alimentação para pets e a alta qualidade nutricional de seus produtos. Mas ao contrário do que diz a propaganda, esses produtos não são desenvolvidos para garantir os níveis ideais de nutrientes baseados em uma dieta saudável para cães. Esses níveis ideais são mantidos no produto final à base de uma formulação de baixo custo, que não chega nem perto daquilo que, fisiologicamente, seria o mais indicado para os cães. Não estamos, porém, sugerindo que esses produtos não apresentem os nutrientes que estão descritos nas embalagens. O que estamos afirmando aqui é que, apesar do alimento estar matematicamente balanceado do ponto de vista nutricional, isso só acontece graças à adição de ingredientes que não são indicados para o consumo de cães.

Por que ração para cães contém carboidratos?
Por que ração para cães contém carboidratos?

A parte mais delicada dessa questão é que esses ingredientes fazem mal à saúde dos cães. Isso ocorre porque o organismo do cachorro está preparado para se alimentar primariamente de carne. E como consequência, a ingestão de tanto carboidrato ao invés da proteína animal e da gordura que os cães deveriam consumir, causa problemas no sistema digestivo.

O consumo excessivo de carboidratos pode resultar em aumento da gordura corporal, levando o cão à obesidade. Causa ainda, uma sobrecarga no sistema digestivo, o que afeta o pâncreas e o intestino delgado, levando ao aumento da quantidade de fezes quando comparamos com uma alimentação a base de carne. Esse é um dos principais motivos pelos quais alguns fabricantes de ração comercial se preocupam em adicionar elementos que ajudam a diminuir o volume das fezes. Basicamente, as formulações com esses elementos visam minimizar um problema causado pela própria ração. Além disso tudo, boa parte das intolerâncias de fundo alimentar podem ser favorecidas ou intensificadas à partir do consumo excessivo de carboidratos, como por exemplo as alergias e até mesmo a diabetes. Também falamos um pouco mais sobre esta questão no artigo O cão é um animal carnívoro ou onívoro?.

É importante notar que os cães (ao contrário do ser humano, que é onívoro) são capazes de assimilar grande quantidade de gorduras, e obter à partir delas toda a glicose necessária para manter os níveis ideais de energia ao longo do dia. Por isso, as gorduras são a principal fonte de energia na alimentação canina, e devido ao seu alto suprimento de nutrientes são essenciais para a absorção de vitaminas lipossolúveis.

Ao contrário dos animais onívoros, os cães têm a capacidade de manter os níveis adequados de energia ao obter a glicose à partir da digestão de proteínas e lipídeos encontrados na carne. Portanto, do ponto de vista fisiológico, não há necessidade ou benefícios para os cães em ingerir carboidratos. Os ingredientes de origem animal são os mais indicados e plenamente satisfatórios para garantir os níveis ideais de nutrientes e energia aos cachorros.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.


sábado, 28 de junho de 2014

O cão é um animal carnívoro ou onívoro?

O cão (Canis lupus familiaris) é um mamífero da ordem dos carnívoros, atribuído ao gênero Canis (família canidae). Teorias postulam que surgiu do lobo cinzento no continente asiático há mais de 100.000 anos. De acordo com algumas das mais plausíveis hipóteses, é possível imaginar que o cachorro seja o mais antigo animal domesticado pelo homem.


O cão é um animal carnívoro ou onívoro?
O cão é um animal carnívoro ou onívoro?

O cão é provavelmente um animal que evoluiu à partir do lobo, e essa separação no processo evolutivo teria acontecido antes da domesticação pelo homem, há cerca de 135.000 anos. Ao observar os hábitos alimentares dos cães selvagens, é possível perceber que são animais predadores, e assim como os lobos caçam em bando. Essas matilhas se alimentam de presas selvagens, com alguma integração de frutos e outros vegetais. Muitos cães selvagens que vivem ao redor de aldeias ou pequenas cidades em várias partes do mundo, também acabam por consumir os restos de comida descartados por seres humanos, além de caçar pequenos animais.

O cão é um animal carnívoro ou onívoro?


O que muita gente pergunta é se a integração de alimentos de origem vegetal à alimentação dos canídeos selvagens indica que os cães sejam de fato animais onívoros, o que poderia justificar a grande quantidade de carboidratos encontrados em quase todas as rações industrializadas disponíveis em lojas. A verdade, é que ao contrário do que a indústria de alimentos para pets quer nos fazer acreditar, a resposta para esta pergunta é definitivamente não, os cães não podem ser considerados animais onívoros.

O cão é um animal carnívoro ou onívoro?
O cão é um animal carnívoro ou onívoro?

Em geral, na literatura especializada e em especial nos livros acadêmicos, os cães são de fato classificados como animais onívoros, afinal são animais capazes de sobreviver a base de dietas hipoproteicas. Mas na verdade, o cão pode sobreviver com dietas alternativas devido a sua fantástica capacidade de adaptação. Os cães não se adaptam somente em relação a localização geográfica, habitat ou ao clima de onde vivem, mas também em relação aos hábitos alimentares. Mesmo quando pensamos nos cães como caçadores, não é difícil supor que muitas das presas capturadas sejam herbívoras, e todo o interior dessas presas também é consumido pelos cães, incluindo diversos tipos de vegetais encontrados em seus estômagos. O problema é que o cachorro, seja ele de qualquer raça ou tamanho, continua sendo um predador, que requer uma dieta rica em proteínas animais, mesmo que, em algum momento acabe por consumir outros tipos de alimentos. Se observarmos, por exemplo, a dentição dos cães, é possível notar os caninos e molares afiados, típicos de predadores carnívoros. Do ponto de vista científico, os cães não precisam de carboidratos em sua dieta regular, pois a quantidade necessária de glicose é suprida via gliconeogênese, que se dá satisfatoriamente em uma dieta rica em lipídeos e proteínas. Falamos um pouco mais sobre este tema no artigo Por que ração para cães contém carboidratos?.

Esta definição é, contudo, muito debatida, afinal há diversos interesses em questão, como por exemplo, os de uma indústria multinacional e bilionária de rações para pets, que dependem da definição de cães como animais onívoros para que seus produtos continuem sendo tão lucrativos. Mas como o que estamos colocando em pauta neste artigo é a classificação do cão de acordo com a sua dieta ideal, o mais próximo possível em relação ao que esse animal utiliza como alimento na natureza, não podemos dizer que nossos amigões de quatro patas sejam de fato onívoros. Em resumo, cães são animais carnívoros porque, do ponto de vista fisiológico, não precisam de carboidratos em suas dietas regulares, mesmo que tenham uma alta capacidade de adaptação, a ponto de alterarem seus hábitos alimentares em função da sobrevivência.

Os perigos da ração industrializada


O cão é um animal carnívoro ou onívoro?
O cão é um animal carnívoro ou onívoro?

Mas, se os cães são essencialmente carnívoros, isso nos leva a uma nova dúvida. Por que as rações comerciais apresentam, em geral, uma formulação tão rica em elementos vegetais como arroz, milho, trigo, batatas, além de subprodutos como farinhas e demais féculas?

Infelizmente, a resposta para essa questão é muito mais perturbadora. Por um lado, esses cereais e demais elementos de origem vegetal são adicionados à ração simplesmente por serem uma alternativa de baixo custo em relação à carne. O alto custo de produção de uma ração com alto teor de proteínas de origem animal é uma questão importante no processo de industrialização de rações comerciais, e a alternativa é a inclusão de proteínas de origem vegetal nas formulações.

Considerando a adição dessas proteínas de origem vegetal às rações, outro problema entra em questão. Devido a baixa biodisponibilidade das proteínas de origem vegetal, torna-se necessário incluir na fórmula da ração uma maior variedade de alimentos para atender às necessidades diárias de energia que um cachorro precisa. Apesar dessa prática ter se tornado bem vantajosa para os fabricantes, que conseguem obter uma maior margem de lucro na venda desses produtos, para os cães o quadro é bem mais complicado. Os cachorros enfrentam maior dificuldade em digerir essa enorme quantidade de fibras e carboidratos contidos na ração, e isso acaba por provocar diversos problemas de saúde, tais como obesidade, alergias, flatulência, aumento do volume das fezes e, em muitos casos, doenças mais graves.

A indústria bilionária de alimentos para pets poderia concentrar os seus esforços na produção de uma ração para cães que fosse mais próxima da dieta considerada ideal do ponto de vista científico, ao invés de seguir a lógica de mercado e tentar reduzir cada vez mais os custos de produção. Quem sabe, se houvesse menos investimentos em campanhas publicitárias persuasivas, que iludem os proprietários e os impedem de tomar as melhores decisões para seus pets, esses fabricantes não poderiam, ao invés disso, oferecer produtos de melhor qualidade para aqueles proprietários que procuram, cada vez mais, conhecer melhor os seus pets e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seus queridos peludos.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Dieta natural ou ração industrializada?

Dieta natural ou ração industrializada? Muitos proprietários que se preocupam com a qualidade da alimentação oferecida aos seus cães, acabam por ficar em dúvida qual o tipo de dieta é mais recomendada. Enquanto muitos sugerem que a única forma correta de se alimentar um cachorro é oferecer alimentos industrializados, outros acreditam que a dieta natural, baseada em ingredientes frescos é a melhor opção.


Dieta natural ou ração industrializada?
Dieta natural ou ração industrializada?

Vamos falar um pouco a respeito desse assunto, para que você, proprietário, possa chegar a suas próprias conclusões. Sempre que abordamos aqui o tema da alimentação natural, baseada em refeições preparadas especialmente para os cães, com ingredientes frescos, as opiniões são divergentes. E, na verdade, há motivos de sobra para essa divergência. A primeira questão que vale a pena comentar, antes de falarmos mais sobre a alimentação natural para cães propriamente dita, é sobre os restos de comida. Estamos nos referindo aqui aos restos e sobras do nosso almoço, jantar etc. Esse assunto já foi explicado no artigo Cachorro pode comer comida?, e a resposta para essa pergunta é definitivamente não. Sob este aspecto, não há divergência de opiniões. A ração industrializada, que é formulada especificamente para os cães, apresenta diversas vantagens em relação à esse tipo de alimentação desregrada, baseada em restos de comida.

No entanto, quando falamos em alimentação natural, ou dieta natural para cães, não estamos nos referindo a esse tipo de alimentação desregrada, que muitos proprietários desavisados acabam por oferecer regularmente aos seus cães. Alimentação natural para cães é uma coisa bem diferente disso. A alimentação natural para cães, é na verdade, uma dieta balanceada, baseada em ingredientes frescos e naturais, preferencialmente orgânicos, especialmente preparados para o consumo canino. E é nesse ponto que eu queria chegar.

Cada proprietário tem a responsabilidade de tratar de seu animal de estimação da melhor forma possível, certo? Tudo bem, mas isso não quer dizer que todo mundo é obrigado a ter a mesma opinião. A cada dia que vamos a um pet-shop, encontramos novos produtos para cães, e há no mercado diversas linhas de ração para cachorros, de diferentes qualidades, marcas e preços. É claro que há produtos de melhor qualidade do que outros, e podemos perceber que alguns fabricantes demonstram um grande apreço pela qualidade dos ingredientes contidos nesses produtos, assim como em relação ao processo de fabricação. Por outro lado, há aqueles proprietários que não estão satisfeitos em alimentar seus cães com alimentos processados, mesmo em se tratando dos chamados alimentos super-premium, que são aqueles que apresentam uma maior qualidade do ponto de vista nutricional. Mas será que essa "desconfiança", mesmo quando nos referimos à essas rações de maior qualidade, pode ser justificada?

Dieta natural ou ração industrializada?


Dieta natural ou ração industrializada?
Dieta natural ou ração industrializada?

Conforme explicado mais acima, a ração industrializada é um alimento completo, formulado especialmente para cães. Quando comparada a uma dieta desregrada, baseada em restos de comida que preparamos para o nosso almoço ou jantar, a ração industrializada é de longe, a melhor opção. Portanto, esse é provavelmente o primeiro ponto importante desse artigo: se você não pode dispor de tempo para preparar refeições especialmente para o seu cachorro, esqueça a dieta natural. Para casos como esses, a ração industrializada é, sem dúvida a melhor opção.

No entanto, se você está entre os proprietários que pensam em alimentar o seu amigão de quatro patas com uma dieta natural, preparada especialmente para ele, com ingredientes frescos, é possível que eu possa esclarecer algumas das suas dúvidas. E esse é provavelmente o segundo ponto importante deste artigo: a dieta natural é uma excelente opção para o seu cão, por inúmeras razões. Se alguém disse para você que os cães não podem ser alimentados adequadamente com uma dieta natural, baseada em ingredientes frescos, é porque não entende nada sobre cachorros. Conforme explicado mais acima, os cães não podem comer resto de comida, mas a alimentação natural não tem haver com as sobras do seu almoço. Na verdade, os benefícios de uma alimentação natural são tantos, que fica até difícil de listá-los em um único artigo. Mesmo assim, vamos tentar expor aqui quais são as principais vantagens em alimentar o seu cão com uma dieta deste tipo.

Conforme mencionei no tópico anterior, muitos proprietários não compartilham da opinião de que as rações industrializadas são tão benéficas assim para os cães. E, para falar a verdade, não podemos mesmo afirmar que elas não fazem mal. A maioria das rações disponíveis no mercado contêm diversos produtos químicos em sua formulação, sejam eles conservantes, estabilizantes ou corantes. Além disso, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e discernimento é capaz de saber que um alimento desidratado não pode ser considerado tão saudável e nutritivo quanto um alimento fresco, e isso vale para a nossa dieta também. Vamos fazer uma rápida analogia em relação a nossa alimentação: considere uma sopa de carne com legumes feita em casa, com carne fresca e legumes cozidos na hora. Você realmente acha que uma sopa de saquinho (aquelas desidratadas, de preparo instantâneo) com os mesmos ingredientes apresentam o mesmo valor nutritivo? Agora, vou fazer duas preguntas importantes: você pode viver exclusivamente desse tipo de alimento? E em relação aos aditivos químicos, como conservantes, e estabilizantes, você acha que são benéficos à nossa saúde? Essas são as questões que vêm à mente dos proprietários, e são dúvidas muito justas. Afinal, se nós evitamos consumir alimentos processados regularmente porque sabemos que faz mal a nossa saúde, por que então esses alimentos fazem bem a saúde de nossos animais de estimação?

Talvez o mais importante na hora de decidirmos qual o tipo de alimentação vamos oferecer aos nossos cães, seja pensarmos com carinho se estamos de fato fazendo tudo aquilo que podemos por eles. E isso, certamente depende de muitos fatores. A resposta para essa questão não é, e nem pode ser a mesma para todos os proprietários. Para muitos, oferecer uma ração de linha standard é o melhor que se pode fazer, considerando as alternativas. Para outros, oferecer a ração com a melhor qualidade disponível no mercado também é tudo o que é possível de se oferecer. Mas para alguns proprietários que procuram oferecer uma alimentação mais saudável para seus pets, nada disso é suficiente. E se esse for o seu caso, só restam duas alternativas: a primeira é a complementação da dieta baseada em ração industrializada com alimentos naturais. A segunda é a substituição total da ração industrializada por uma dieta natural, totalmente baseada em alimentos frescos, preparados especialmente para seus cães, preferencialmente orgânicos, livres de conservantes e demais aditivos químicos.


Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Cachorro pode comer morango?

Cachorro pode comer morango? Podemos listar uma série de benefícios que o consumo de morangos pode trazer à nossa dieta, já que são frutas ricas em fito-nutrientes e fontes de vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo. Mas as perguntas em relação aos nossos amigos de quatro patas costumam ser as mesmas quando se trata de um alimento natural. Será que o morango é um alimento seguro para os cães? Será que eles absorvem os nutrientes dessa deliciosa fruta na mesma intensidade que o ser humano?


Cachorro pode comer morango?
Cachorro pode comer morango?

Para começar, podemos dizer que morangos são deliciosos, seja a fruta ao natural ou como ingrediente de pratos mais elaborados. É uma fruta doce, bonita e sedutora. E se você está aqui procurando saber se o seu peludo pode comer morango, isso provavelmente significa que seu amigão faz parte da família, certo? É natural, portanto, que ele queira provar tudo aquilo que você leva a mesa, e não seria diferente em relação a essa deliciosa fruta.

O morango é, sem dúvida, uma fruta que faz bem à saúde do ser humano. É uma importante fonte de antioxidantes, que são conhecidos por combaterem os radicais livres e desacelerar a multiplicação das células cancerosas. Ricos em fibras, os morangos ajudam ainda no bom funcionamento do intestino e além disso, são importantes fontes de vitaminas e minerais essenciais para a saúde.


Cachorro pode comer morango?
Cachorro pode comer morango?

Alimentação natural X alimentação industrializada


Na maior parte dos lares, os cães são alimentados com ração industrializada, o que é de fato mais indicado quando comparada à alimentação a base de restos de comida. Sempre procuro repetir nos artigos do blog, que alimentar seu cão com restos de comida é muito prejudicial, portanto, nesse caso, podemos dizer que a ração industrializada é uma opção mais acertada.

Cachorro pode comer morango?
O problema é que as rações industrializadas são deficientes do ponto de vista nutricional, mesmo as rações de melhor qualidade. Além disso, muitos proprietários estão preocupados também com a quantidade de substâncias químicas adicionadas a esses produtos, como corantes e conservantes, que podem ser nocivos à saúde dos cães. É por isso que há proprietários que optam por alimentar seus cães com uma dieta natural, a base de alimentos frescos, especialmente preparada para o cachorro. Proprietários responsáveis, portanto, procuram complementar a alimentação do seu cachorro com alimentos saudáveis, ou até mesmo substituir a ração industrializada por uma dieta natural. Mas, muitas vezes, quando pensamos em oferecer um alimento saudável para nosso cão, seja um legume ou uma fruta, surgem dúvidas como essa: cachorro pode comer morango?

Cachorro pode comer morango?


Cachorro pode comer morango?
A resposta é sim, cachorro pode comer morango. Essa é uma fruta considerada segura para o consumo canino, desde que não seja oferecida em excesso. Sempre procuro dizer aqui, que qualquer coisa em excesso pode fazer mal, em especial no caso das frutas, pois o açúcar pode acabar engordando o animal. Evite oferecer uma grande quantidade de qualquer alimento de uma só vez ao seu cachorro. Os benefícios do morango para o consumo canino, no entanto, são muitos. Conforme mencionado mais acima, o morango contém antioxidantes, que ajudam a retardar o processo de envelhecimento, reduzindo os riscos de doenças degenerativas. Essas substâncias também são conhecidas por reduzirem o risco de doenças crônicas em cães. Os morangos contêm ainda uma grande quantidade de vitamina C, que ajuda a fortalecer o sistema imunológico. As propriedades medicinais do morango também não são poucas.  Essa deliciosa fruta contém agentes anti-inflamatórios naturais, que ajudam os cães que sofrem de problemas ligados aos ossos e articulação, como por exemplo a artrite. O morango contém ainda uma enzima que ajuda a evitar o tártaro e a manter os dentes dos cães mais brancos.

Quais os tipos de morangos são seguros para os cães?


Primeiramente, é importante dizer que, o que é considerado seguro para o consumo canino é a fruta ao natural. Muitos alimentos que utilizam o morango como ingrediente, não são permitidos para a alimentação dos cães. Nossos amigões não podem comer morangos com açúcar, muito menos os doces e sobremesas preparadas com morangos. A fruta ao natural, no entanto é segura quando oferecida com moderação. Tanto o morango comum, que encontramos em supermercados e feiras-livre quanto o morango-silvestre, aquele redondinho que cresce naturalmente em sítios e chácaras (veja foto ao lado) são considerados seguros para o consumo dos cães. Para oferecer morangos ao seu cachorro, basta cortar o cabinho verde, lavar e servir.

Para resumir, vamos repetir mais uma vez. Cachorro pode comer morango. Essa é uma fruta segura para o consumo canino, mas assim como qualquer outro alimento, não pode ser oferecido em excesso.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Cachorro pode comer bacon?

Cachorro pode comer bacon? Muitos proprietários de cães acabam por ter dúvidas como esta, em especial durante uma refeição que desperta a atenção dos nossos amigos peludos devido ao delicioso aroma da comida. O bacon é certamente um alimento capaz de deixar os cães com água na boca mas será que pode fazer mal aos cães?


Cachorro pode comer bacon?
Cachorro pode comer bacon?

Qualquer um sabe como alimentos gordurosos como o bacon podem ser prejudiciais à nossa saúde. Além deste ser um alimento rico em gorduras saturadas, o bacon contém ainda uma enorme quantidade de sal devido ao processo de conservação da carne. Esses ingredientes juntos podem ser bastante prejudiciais a saúde de qualquer pessoa, especialmente se consumidos em excesso e regularmente. Depois dessas observações iniciais, você já deve ter percebido qual é a resposta para a nossa pergunta, certo?

Cachorro pode comer bacon?


A resposta é um enfático não, cachorro não pode comer bacon. O sistema digestivo dos cães não estão preparados para digerir uma quantidade tão grande de sal e gordura, sem mencionar o enorme risco de obesidade caso esse alimento seja consumido regularmente. No entanto, esses não são os únicos motivos pelos quais cachorro não pode comer bacon.

Cachorro pode comer bacon?
Cachorro pode comer bacon?

O bacon é basicamente carne de porco defumada, curada ou salgada. Apesar de ser um processo de conservação comum no que diz respeito à alimentação do ser humano, esses processos podem fazer muito mal aos cães. Além da grande quantidade de gorduras saturadas e sal, que podem provocar obesidade e doenças cardíacas, o bacon contém ainda nitrato de sódio, uma substância que pode ter efeitos muito ruins na saúde do seu cachorro. Estudos recentes sugerem que essa substância pode causar doenças pulmonares crônicas e a ingestão regular de bacon pode ainda aumentar o risco de câncer de intestino em cães.

Cachorro pode comer bacon?
Cachorro pode comer bacon?

Outro problema que pode surgir em função de uma dieta baseada em alimentos muito gordurosos é a pancreatite. Essa é uma questão extremamente delicada, pois os sintomas de pancreatite em cães podem ser facilmente confundidos com outras doenças, fazendo com que esse mal acabe por passar despercebido até que o caso se torne grave. Qualquer raça de cachorro está suscetível a esse tipo de doença, no entanto, os cães menores e mais ativos estão mais propensos, como por exemplo os cockers, e alguns terriers. Isso não quer dizer que raças de grande porte não estejam sujeitas a doenças no pâncreas, por isso é tão importante evitar alimentos muito gordurosos, independente da raça ou do porte do animal. Os primeiros sinais de pancreatite podem incluir sintomas como vômito, dor abdominal e diarreia, e como esses sintomas também podem ser observados em decorrência de outros problemas, como intoxicação por medicamentos e até envenenamento, é muito importante oferecer apenas alimentos seguros para o seu pet. Lembre-se que, caso qualquer um desses sintomas seja observado, o cão deve ser levado imediatamente ao veterinário, pois será necessário que ele passe por uma série de exames a fim de determinar a causa e tratá-lo adequadamente.

Há alguma forma segura de oferecer bacon aos cães?


Na verdade, não. Muitos proprietários costumam utilizar a gordura do bacon para derramar sobre  ração do cachorro na tentativa de deixá-la mais saborosa. Essa gordura é muito prejudicial para a saúde de qualquer um, e mais ainda em relação aos cães. Além de oferecer pouquíssimos benefícios do ponto de vista nutricional, esse óleo do bacon é rico em gordura saturada e calorias. Conforme mencionado mais acima, é ainda de difícil digestão para os cachorros, pois o sistema digestivo dos cães não está preparado para processar uma quantidade tão grande de gordura. Outra dúvida frequente entre alguns proprietários de cães, é se o bacon cru poderia ser consumido sem que eles enfrentem os mesmos ricos em relação ao bacon frito. E a resposta para esta pergunta continua sendo não, cachorro não pode comer bacon cru. A quantidade de sal e de gordura contida no bacon, mesmo cru, são muito altas e podem prejudicar a saúde do seu cão, portanto os riscos são os mesmos.

Para resumir, nunca ofereça bacon aos cães e no caso de ingestão acidental, em especial se ocorrer em grande quantidade, procure imediatamente a ajuda de um veterinário.




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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Cachorro pode comer amendoim?

Cachorro pode comer amendoim? É natural que as dúvidas sobre os alimentos permitidos para os cães surjam justamente durante nossas refeições, quando nosso peludo demonstra interesse por algo que estamos comendo. Uma dúvida frequente entre os proprietários de cães é se o consumo de amendoim pode ser perigoso para os cachorros ou se fazem parte dos alimentos permitidos na dieta canina.


Cachorro pode comer amendoim?
Cachorro pode comer amendoim?

Primeiramente, é preciso comentar que há diferentes formas de consumir amendoim. Ele pode ser torrado, salgado, doce, com ou sem casca, revestido (os chamados ovinhos de amendoim), ou até mesmo um ingrediente de pratos e doces, como por exemplo o pé-de-moleque. Muitos desses alimentos são contra-indicados para os cães, por motivos óbvios. Cachorro não deve consumir fritura, salgadinhos, doces, temperos, etc.

Cachorro pode comer amendoim?


Conforme sempre repetimos aqui nos artigos sobre alimentação caseira, há diversos alimentos que o ser humano pode consumir regularmente, mas os cães não podem. Se analisarmos a questão do amendoim do ponto de vista nutricional, ou seja, pensando em uma dieta regular baseada em alimentos frescos, preparados especialmente para os cães, podemos dizer que o amendoim não deve fazer parte do cardápio.

No entanto, o amendoim não é um produto tóxico para os cães. Portanto, para responder a nossa questão inicial, a resposta é sim, cachorro pode comer amendoim. Ao contrário de outros tipos de nozes, que podem ser muito perigosas para os cachorros, o amendoim não apresenta riscos mais sérios e, em geral, é um alimento seguro para cachorros.

Cachorro pode comer amendoim?
Cachorro pode comer amendoim?

Assim como qualquer alimento natural que queremos oferecer aos cães, há alguns fatores importantes a serem observados com cautela. O primeiro deles é que o amendoim é um alimento que pode causar alergia para o ser humano. Algumas pessoas podem apresentar até mesmo sintomas alérgicos mais sérios ao consumirem amendoim, em qualquer quantidade. Para os cachorros, não é diferente. Existe sim a possibilidade do amendoim causar algum tipo de alergia também quando consumido por cães. A dica, caso você queira oferecer amendoim ao seu cachorro pela primeira vez, é não deixar que ele consuma muito de uma só vez, em especial se ele for um cão de porte pequeno. Outra questão que deve ser observada em relação ao consumo de amendoim por cachorros, é que esse alimento contém uma pequena quantidade de oxalatos, substâncias que podem ser prejudiciais à saúde dos cachorros que tem problemas não tratados nos rins ou na vesícula.

Benefícios do amendoim


O amendoim é um alimento rico em gordura monoinsaturada, que é uma substância altamente benéfica para o coração, e pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. O amendoim é fonte de nutrientes como a vitamina E, niacina, proteína, ácido fólico e manganês, que também contribuem para reduzir os riscos dessas doenças. Além disso, os amendoins contêm uma grande quantidade de elementos antioxidantes, que ajudam na prevenção de doenças coronárias. Para se ter uma ideia da quantidade de antioxidantes encontrada nos amendoins, essa noz contém um maior teor desses elementos do que cenoura, beterraba, maçã, morango e amora.

Como oferecer amendoim aos cães


O mais importante é que, caso você queira oferecer amendoim ao seu cachorro, não deixar que ele coma indiscriminadamente. Ofereça o amendoim de vez em quando, como um petisco. Mesmo assim, evite que isso se torne um hábito, pois o amendoim é um alimento muito gorduroso, e o seu cachorro pode acabar engordando se consumido em excesso. Além disso, o consumo exagerado pode causar flatulência e problemas digestivos, pois contém uma grande quantidade de gordura e proteína. De maneira geral, podemos concluir que o amendoim é um alimento seguro para o consumo dos cães, desde que sejam observadas as questões citadas mais acima. Apesar das nozes serem, em geral, contra-indicadas para os cães, o amendoim não é realmente uma noz, é na verdade um fruto da mesma família do feijão. Como esse alimento pode trazer inúmeros benefícios à saúde, podemos dizer que o consumo com moderação por cães é seguro. Afinal, as industrias de alimentos para cães não utilizariam o amendoim para fabricar petiscos se houvesse efeitos colaterais importantes.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cachorro pode comer cebola?

Cachorro pode comer cebola? É muito natural que os proprietários de cães que optam por oferecer uma alimentação natural, procurem fazer de tudo para agradar seus pets, incluindo melhorar o sabor das refeições. Mas é de conhecimento geral, que muitos alimentos, como os temperos podem fazer mal aos cães, em especial se consumidos em excesso. Mas, e em relação as cebolas?


Cachorro pode comer cebola?
Cachorro pode comer cebola?

A maioria dos cães são conhecidos por demonstrar interesse por qualquer tipo de alimento. Conforme sempre comentamos aqui, há diversos ingredientes que utilizamos para a nossa alimentação que também são seguros para o consumo dos cães, e podem ser utilizados pelos proprietários que optam em alimentar seus cães com uma dieta natural, baseada em ingredientes frescos.

O problema, é que nem todo alimento seguro para o consumo humano é também permitido para fazer parte da dieta regular dos cães, e a cebola é um deles. O motivo para isso é que, assim como o alho, a cebola contém uma substância chamada tiossulfato, que pode causar anemia hemolítica em cães quando consumida em excesso e regularmente, além de causar irritação gástrica ou até problemas mais graves. Os cães não tem a enzima necessária para metabolizar corretamente essa substância, que pode se acumular no organismo ao longo do tempo. Mas ao contrário do alho, que contém apenas traços dessa substância, a cebola pode apresentar um potencial tóxico mesmo quando consumida em pequenas quantidades, esteja ela crua, cozida, ou até mesmo presente em algum alimento processado, como sopas e salgadinhos.

Cachorro pode comer cebola?


Cachorro pode comer cebola?
Cachorro pode comer cebola?

Para responder a essa pergunta de maneira direta, basta dizer que não, cachorro não pode comer cebola. Conforme mencionado mais acima, este é um alimento com alto potencial tóxico e pode fazer mal para o seu cachorro. Os sintomas aparecem normalmente alguns dias após consumir uma dose alta o suficiente para causar intoxicação. Em geral, o cão intoxicado vai apresentar apatia e fraqueza e pode ainda apresentar outros sintomas, como vômito, diarreia, sangue na urina, icterícia, falta de apetite e até dificuldades respiratórias. A falta de tratamento pode até levar o animal à morte.

Se você é adepto da alimentação natural para cães, baseada em ingredientes frescos, é muito importante ficar atento aos alimentos com potencial tóxico, como a cebola. Fique atento também com a forma que as refeições do seu cachorro é preparada. Sempre comento aqui no blog que alimentação natural para cães é um dieta saudável, baseada em ingredientes frescos, preferencialmente orgânicos, preparados especialmente para eles. Alimentação natural para cães não é oferecer restos de comida. Nunca ofereça restos do seu almoço ou jantar para o seu cachorro, pois isso pode afetá-lo de diversas maneiras negativas, incluindo consequências mais graves, como intoxicação.

Níveis perigosos e fatais


Muita gente tem dúvida sobre a quantidade de cebola que pode ser perigosa caso ingerida acidentalmente por cachorros. A cebola pode ser considerada um alimento de alto potencial tóxico para os cães, e uma pequena quantidade já é suficiente para causar intoxicação. Para que possamos ter ideia de quão perigosa pode ser a ingestão acidental de cebola, cães de até 15 kg já podem sentir os sintomas da intoxicação se ingerirem cerca de 25 gr de cebola, às vezes até menos do que isso. Imagine então o risco em relação aos cães de pequeno porte, que muitas vezes pesam menos de 3 kg. Por isso, é importante dizer que não há níveis seguros para o consumo de cebola por cães. Qualquer que seja a quantidade, há risco de intoxicação, com menor ou maior grau de gravidade.

Se o seu cachorro ingerir acidentalmente qualquer quantidade de cebola, de qualquer tipo, crua ou cozida, procure imediatamente um veterinário. Entenda que uma intoxicação desse tipo pode levar o cão à morte se não for tratada.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.

Cachorro pode comer alho?

Cachorro pode comer alho? Muitos proprietários que optam em alimentar os seus cães com um dieta natural, baseada em ingredientes frescos, pensam, em algum momento, se é possível melhorar o sabor das refeições utilizando temperos. O uso do alho para a alimentação de cães é controverso, e na maioria das vezes até combatido. Mas, e agora? O alho é ou não seguro para o consumo canino?


Cachorro pode comer alho?
Cachorro pode comer alho?

Durante séculos o alho vem sendo utilizado como alimento, tempero e até como remédio pelo ser humano. As contra-indicações do alho para o consumo canino são, em geral, bem conhecidas dos proprietários de cães. Bem menos conhecidos, no entanto, são os benefícios do alho se for oferecido aos cães em doses pequenas.

Este é sem dúvida, um tema controverso no que diz respeito a alimentação natural para cães. Os proprietários que optam em alimentar o seu cachorro de forma natural, com uma dieta baseada em ingredientes frescos, provavelmente já ouviram falar que o alho pode fazer mal à saúde dos cães. A questão a ser considerada, no entanto é se o alho que podemos adicionar na comida como tempero pode realmente fazer mal aos cachorros.

Cachorro pode comer alho?


Cachorro pode comer alho?
Cachorro pode comer alho?

O primeiro ponto a ser considerado sobre essa questão é que o uso do alho na alimentação para cães é contra-indicado pela maioria dos veterinários. O motivo dessa contra-indicação é que o alho contém uma substância chamada tiossulfato, que pode causar anemia hemolítica em cães quando consumida em excesso e regularmente, além de causar danos no fígado, podendo levar até a morte. No entanto, o alho contém apenas traços dessas substância. Na verdade, essa substância está presente em quantidade tão pequena, que um cachorro teria que consumir uma enorme quantidade de alho regularmente para sofrer efeitos negativos.

Talvez o mais importante de se comentar sobre esse assunto, antes de responder a essa questão, é que muita gente tende a responder questões como essa considerando que cachorro "é tudo igual". Portanto, a primeira questão que vamos abordar aqui é que os cães não são todos iguais. Pequenos cães, que podem pesar menos de 1,5 kg, como cães da raça Yorkshire, por exemplo, não são iguais aos gigantes dogues alemães, que podem pesar mais de 80 kg. Essas considerações são relevantes quando abordamos temas como esse, pois conforme vamos explicar mais adiante, a resposta para a nossa pergunta é sim, cachorro pode comer alho, desde que em quantidades apropriadas. Mas, para os cães, qual é a quantidade segura? Certamente essa porção varia de cachorro para cachorro. Como regra geral, é seguro oferecer até 1/2 dente de alho para cada 10 kg de peso. Os cães adultos e de grande porte não devem consumir mais do que 2 dentes de alho por dia, mesmo que eles pesem mais de 40 kg. Já os cães de tamanho micro, toy ou miniatura, não devem consumir mais do que 1/2 dente de alho pequeno. Se você é proprietário de um cão minúsculo, que pesa, por exemplo 900gr, não é difícil perceber que os riscos de superar a quantidade segura são muito maiores.

Portanto, antes de comentar aqui sobre os benefícios em acrescentar pequenas doses de alho na alimentação natural para os cães, vou pedir para que você, leitor, entenda que não há uma resposta definitiva e absoluta para essa questão. Minha sugestão é que você colha tantas informações quanto for possível, aprenda sobre o assunto e chegue as suas próprias conclusões.

Quais os benefícios do alho para os cães?

  • O alho é considerado um antibiótico natural e não afeta as boas bactérias localizadas no intestino, que são importantes para a digestão e para a saúde do sistema imunológico.
  • O alho é um antifúngico natural.
  • O alho é um antiviral.
  • O alho torna o cachorro menos atraente para as pulgas e outros parasitas como o carrapato.
  • O alho apresenta ação antiparasitária.

O alho pode promover efeitos positivos significativos em vários sistemas e órgãos dos cães. O alho aumenta a secreção do suco gástrico, que ajuda na digestão e promove o desenvolvimento de bactérias benéficas no trato digestivo. O alho pode melhorar a imunidade dos cães, pois estimula a produção de glóbulos brancos. Cães diabéticos também se beneficiam do alho na alimentação regular, pois esse alimento ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. O alho ainda ajuda a reduzir o colesterol e os triglicéridos, ajudando na desintoxicação necessária para purificar o fígado. O alho contém ainda o selênio, um poderoso antioxidante que ativa as enzimas que retardam o desenvolvimento das células cancerosas.

Além de todos esses benefícios, o alho apresenta ainda ação anti-parasitária. O forte odor do alho, quando ingerido será exalado através dos poros e glândulas sudoríparas. Em geral, nós não somos capazes de sentir esse odor, mas os parasitas, como as pulgas, carrapatos e até as moscas tem um sentido olfativo até 10 mil vezes mais sensível do que o nosso, e certamente vão evitar o contato, fugindo de perto do cachorro.

Quais os riscos do consumo de alho por cães?


A contra-indicação do alho é amplamente difundida pela comunidade veterinária. Estudos sugerem que o consumo exagerado de alho por cães pode ser muito prejudicial à saúde, especialmente se o consumo se der de maneira regular. Isso é verdade. Conforme comentei no inicio deste artigo, o alho apresenta uma substância chamada tiossulfato que pode ser muito prejudicial à saúde dos cachorros, podendo causar anemia e problemas severos no fígado. Para concluir esse assunto, o maior risco do consumo de alho por cães, portanto, é exatamente o consumo exagerado. Pequenas quantidades de alho não podem ser consideradas prejudiciais.

Obs.: Se você não estiver seguro de que o alho é um alimento que pode ser introduzido na alimentação do seu cachorro, mesmo que em pequenas quantidades, simplesmente não utilize esse alimento. Nunca ofereça alimentos ao seu cão se você não estiver 100% seguro de que não vai fazer mal. Se você também está em dúvida sobre a quantidade de alho que seu cão pode consumir diariamente, procure ajuda de um nutricionista veterinário, ou simplesmente não ofereça alho ao seu cachorro.




Importante: O conteúdo desse blog tem caráter meramente informativo, e em nenhuma circunstância, substitui a orientação de um veterinário, especialmente no caso de distúrbios de fundo alimentar, intoxicação, ou qualquer outra patologia relacionada à ingestão de alimentos ou outros produtos. Sempre que houver qualquer sintoma atípico com seu pet, leve-o imediatamente ao veterinário. Lembre-se que quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maior a chance de cura.